O que a Flexibilidade tem a ver com a Indústria Metalmecânica?

Autor: Sergio Couto, Gerente de Engenharia Industrial da Teep Tecnologia

 

A flexibilidade tem muito a ver com a indústria metalmecânica. A partir das estratégias mercadológicas de customização em massa e personalização em massa, o fluxo de fabricação passou a ter uma grande variedade de produtos e/ou itens, com baixo volume por lote demandado, ou seja, lotes com média entre 1 a 10 peças por Ordem de Fabricação (OFs).

Quando se fala em fabricação de pequenos lotes — entre 1 a 10 peças — o fundamento que rege os princípios, metodologias e sistemas passa, necessariamente, pela FLEXIBILIDADE.

Aqui, a flexibilidade inspira a gestão a adotar metodologias que levem os equipamentos ou ativos de produção a se autoconfigurarem de maneira muito rápida.

Rápida? Sim, o tempo para se configurar entre entradas de OFs tem que ser inferior a 10 minutos, com a adoção das técnicas do SMED – Single Minute Exchange of Die, introduzida por Shigeo Shingo, pai do Sistema Toyota de Produção.

 

Produção sob demanda exige flexibilidade

A flexibilidade inspirou o lançamento, no mercado, dos equipamentos e sistemas CNC e CLP, que ajudaram na redução dos tempos de setup com o conceito de programação computacional e digital.

O conceito dos CNCs e CLPs foi introduzido nas máquinas de usinagem, por exemplo, para que a flexibilidade dos programas pudesse reduzir os tempos de setup — de 4 a 8 horas nas máquinas automáticas da era da produção em massa — para tempos abaixo de 10 minutos, viabilizando a fabricação de lotes com médias entre 1 e 10 peças.

Precisamos entender que existem diversos tipos de flexibilidade e que, a partir do conhecimento de cada uma, é possível aplicar dentro da indústria metalmecânica aquela(s) que possam impactar melhor no processo de configuração rápida dos recursos de fabricação.

 

Tipos de flexibilidade na indústria metalmecânica:

A flexibilidade pode ser dividida em dois segmentos de gestão:

  • Flexibilidade aplicada à gestão do fluxo de fabricação;
  • Flexibilidade aplicada à gestão das operações.

1. Flexibilidade aplicada à gestão do fluxo de fabricação

 

Na flexibilidade aplicada à gestão do fluxo de fabricação, destaca-se a “flexibilidade de rota”, onde a engenharia de processos coloca à disposição do Analista de PCP rotas alternativas dentro do parque de máquinas existente, para que se possa estabelecer um equilíbrio de carga entre as máquinas ou mesmo o balanceamento do fluxo, dividindo as cargas de OFs entre vários recursos.

Por exemplo, a falta de um balanceamento das cargas de OFs entre vários recursos de fabricação leva o Analista de PCP a sobrecarregar demasiadamente um recurso e deixar outro parcialmente ocioso.

Quando esse fenômeno ocorre, a velocidade de atravessamento das OFs diminui, e os atrasos de entrega começam a aparecer.

Outro tipo de flexibilidade aplicada à gestão do fluxo de fabricação é a que denominamos de “flexibilidade de volume”, onde, por questões de equilíbrio do fluxo, a quantidade de uma determinada OF tem que ser fracionada. O fracionamento de quantidades em OFs está associado à necessidade de não carregar o recurso com ocupações que comprometam o balanceamento do fluxo, criando obstáculos para a passagem de outros itens também prioritários dentro do mesmo horizonte de programação.

Esses são dois exemplos de flexibilidade aplicada à gestão do fluxo de fabricação.

2. Flexibilidade aplicada à gestão das operações

A flexibilidade aplicada na gestão das operações tem como fundamento principal a redução do tempo de setup para abaixo dos 10 minutos.

Destacam-se, nesse fundamento:

Flexibilidade de configuração automática por programas NC definidos previamente na base da engenharia do processo. A utilização de máquinas CNC ou com CLP é a principal forma de se atingir níveis mais altos de flexibilidade de configuração;

Flexibilidade de magazine, onde a configuração é feita a partir de uma análise de todas as peças que vão passar pelo fluxo de operações, sendo sinalizado pela flexibilidade de rota da gestão do fluxo de fabricação;

Flexibilidade na preparação externa, com redução até zero dos tempos de preparação interna.

 

A Teep Tecnologia em parceria com a TopSolid Brasil irão apresentar como as máquinas CNC podem, na prática, atender aos diferentes tipos de flexibilidade exigidos pelas indústrias que desejam se destacar em um mercado cada vez mais competitivo.

🗓️ 29/07/2025, das 8h30 às 12h
Facilitador: Sergio Couto, Gerente de Eng. Industrial da Teep Tecnologia com +50 anos de experiência.
📍 Bener Tech Center em Vinhedo/SP

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